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Macaé decreta calamidade pública no transporte público

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Presidente do Sindicato dos Rodoviários afirma que a prefeitura será denunciada para o Tribunal Regional do Trabalho

O sol ainda nascia na quinta-feira (27), quando usuários do transporte coletivo já estavam nas ruas tentando resolver como fariam para chegar ao trabalho. Pontos de ônibus como, na Barra de Macaé, Lagomar, Parque Aeroporto, Aroeira, Sol Y Mar, Riviera, Cavaleiros e Parque de Tubos, ficaram lotados, mas a maioria estava ciente do terceiro dia de greve, porém aguardava por uma ‘carona solidária’.

Para evitar ainda mais o caos que o município tem sofrido desde o início desta semana, a Prefeitura de Macaé decretou, na noite da última quarta-feira (26), situação de calamidade pública no setor de transporte coletivo, em razão da greve dos rodoviários. Sendo assim, o governo municipal tomou algumas medidas e suspendeu as aulas de todas as 106 escolas da rede municipal, de quinta-feira (27) e sexta-feira (28). Com isso, os veículos escolares que deveriam ser utilizados para os estudantes irem às aulas, estão reforçando o atendimento à população, sem cobrança de tarifa.

Com esta medida, válida para quinta (27) e sexta-feiras (28), a frota do Sistema Integrado de Transporte, estabelecida em 50% por decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho, ganha reforço de cerca de 20 ônibus e 60 vans.

Pais e estudantes reclamam da decisão imposta pelo prefeito Aluízio dos Júnior, que além do governo não resolver o impasse do reajuste salarial dos rodoviários junto com a empresa Sistema Integrado de Transporte (SIT), agora são os estudantes e professores que sofrem com dois dias de aulas suspensos, e temem em atrasar o ano letivo devido a vários feriados que ainda vão ocorrer até o final deste ano.

Na manhã de quinta-feira (27), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Cargas e Passageiros de Macaé, Aluízio Viana, disse que a prefeitura será denunciada para a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho, Rosana Salim Villela, sobre o cancelamento das aulas da rede municipal e utilização dos transportes escolares que estão sendo oferecidos para a população.

“A denúncia será feita na tarde desta quinta-feira (27), para que a justiça entre nessa decisão imposta pelo atual prefeito que prejudica estudantes e professores da rede municipal. Haverá outros tipos de denúncia como atuação de uma outra empresa de transporte que está circulando na cidade para tentar desequilibrar a greve dos rodoviários. Vale lembrar que somente a empresa SIT pode atuar no transporte urbano no município”, denuncia o presidente do sindicato.

Em nota, a prefeitura de Macaé informou que, as providências adotadas pela administração municipal buscam garantir o direito constitucional de ir e vir de todos, o acesso do cidadão ao transporte público, bem como a execução de outros serviços essenciais como saúde e segurança.

Transtorno impacta na reforma
do terminal e entrega de cartão

Com a redução da frota de transporte público para 50%, que segundo o Sindicato dos Rodoviários, a greve ainda pode ser mais rigorosa, caso a SIT e a prefeitura não entrem em acordo – o número da frota pode chegar até 30% dos coletivos circulando pelos bairros e comunidades -, a prefeitura de Macaé decidiu de imediato suspender o início da reforma do Terminal Central que estava prevista para ser fechado neste sábado, dia 29. Com isso, o terminal permanece aberto, em operação.

Outra ação de grande impacto que também teve alteração de imediato foi a entrega do Cartão Macaé, onde mais de 100 mil usuários do transporte fizeram o cadastramento e deveriam fazer a retirada nesta semana, no antigo prédio da secretaria de Educação, que fica atrás do Corpo de Bombeiros, no Centro da cidade.

Até o momento, a prefeitura não divulgou uma nova data para a realização da reforma do Terminal e da entrega dos cartões.