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Macaé, 210 anos: a princesinha em constante transformação

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Divulgação

De povoado a Capital Brasileira do Petróleo, Macaé atravessou várias etapas, numa história ainda com muitos capítulos pela frente.

A Princesinha do Atlântico completa 210 anos neste sábado (29). Macaé, que Antônio Alvarez Parada definiu no hino da cidade como “a terra onde a vida fica sempre em constante renascer”, também se consolidou com a Capital Nacional do Petróleo. E, mais recentemente, com os projetos de implantação de termelétricas, como a Cidade da Energia.

Não importa o título; Macaé é sempre encantadora, e sempre em transformação. Poucas cidades do Brasil – quiçá do mundo – reúnem ao mesmo tempo encantos da serra e do mar. Tem as belezas da Praia dos Cavaleiros e da Lagoa de Imboassica. O mar cristalino do Arquipélago de Santana. A imponência do Pico do Frade. As cachoeiras de Sana. As corredeiras de Glicério. O mar que beija a areia morena.

Descoberta ao acaso e sem importância econômica ou social, a cidade começou a ser povoada no século XVII a pedido do governador geral do Brasil para evitar o contrabando do pau-brasil. A colonização teve início com a chegada de 200 índios Tamoios.

Há divergências quanto à origem do nome. Para alguns estudiosos, a gênese seria o termo “miquié”, que significa “rio dos bagres”. Mas também há estudos que apontam um outro significado oriundo da corruptela de “maca ê”, que entre os nativos significava “macaba doce”, por extensão “coco doce”, palmeira muito abundante na região.

Até o fim do século XVII, Macaé não era nem vila, ficando refém das autoridades estabelecidas em Cabo Frio. A autonomia administrativa só seria concedida em 29 de junho de 1813, quando o Príncipe Regente D. João VI elevou o povoado à categoria de Vila de São João de Macahé. Nesse período, as principais fontes da economia local eram as lavouras de cana, laranja, tomate, café, mandioca, banana, feijão, batata-doce, milho, arroz e abacaxi. Também se destacavam a pecuária e a pesca.

O ouro negro

A grande virada aconteceria na década de 1970. Com a descoberta de petróleo na Bacia de Campos, Macaé recebeu uma base da Petrobras, que transformou a antiga Praia de Imbetiba em porto de apoio offshore. A mudança foi rápida, com a chegada de milhares de trabalhadores e empresas para atuar no setor de petróleo e gás.

A expansão urbana movimentou a economia local; mas o crescimento desordenado trouxe problemas comuns a grandes cidades brasileiras, como deficiências de saneamento básico, aumento da violência urbana e alagamentos em dias de chuva forte.

Com os recursos dos royalties e impostos que as empresas do setor offshore deixam no município, as administrações municipais vão encontrando caminhos – trocando o pneu com o carro em movimento. Nos últimos anos, importantes projetos de saneamento básico saíram do papel. Para qualificar cidadãos, Macaé se tornou um importante polo universitário.

Várias frentes de trabalho se abriram com o objetivo de gerar um ambiente atrativo a novos investimentos, promovendo o desenvolvimento socioeconômico do município. Grandes empreendimentos chegaram à cidade. O Aeroporto de Macaé, em obras, vai se consolidando como um dos principais do estado do Rio de Janeiro.

Futuro a todo gás

Outra frente grandiosa é projeto do Terminal Portuário de Macaé (Tepor), cujas obras estão em vias de iniciar, com perspectiva de gerar 17 mil empregos. Com o Tepor, Macaé processará 72 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Junto com o novo terminal, a cidade se prepara para receber a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) e a Rota 5, um novo gasoduto submarino projetado para escoar a produção do gás natural do pré-sal do Bloco BM-C-33, situado na Bacia de Campos, pelo Terminal de Cabiúnas.

Em paralelo a estes projetos bilionários, o governo municipal trabalha como um agente facilitador para a construção de novas termelétricas, o que consolidará Macaé como “Cidade da Energia”. Ao todo, já são nove projetos em fase de licenciamento para se instalar no município, com investimentos previstos na ordem de R$ 7,5 bilhões. Uma nova frente se abre para a geração de empregos e desenvolvimento da economia local, numa cidade que não para de se transformar.

Por Notícia 1

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