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Lixões em Macaé aumentam a preocupação com o Aedes aegypti

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Exemplos como esse no Novo Horizonte podem ser presenciados em vários pontos do município

Ações preventivas devem ser tomadas para evitar surto das doenças nesse verão

Sancionada há mais de oito anos, a Lei Municipal nº 3.371/2010, que proíbe o descarte de lixo doméstico, industrial, hospitalar ou entulhos nos logradouros públicos da cidade, ainda não foi colocada em prática. Enquanto isso, a cidade conhecida mundialmente como Capital Nacional do Petróleo também passa a ser referência pelos lixões formados em terrenos baldios. Realidade que pode ser observada em vários pontos, seja em áreas nobres, ou não.

A existência desses “lixões” pelo município aumenta ainda mais a preocupação com o Aedes aegypti, principalmente nessa época do ano. Segundo a secretaria de Estado de Saúde, em 2018 (entre 1º de janeiro e 13 de novembro) foram registrados 36.102 casos de chikungunya, com 16 óbitos no estado. A dengue apresentou 13.886 notificações e dois óbitos. Já a zika, no mesmo período, teve 2.223 casos, sem registro de morte.

Em Macaé foram 37 casos confirmados de dengue, 15 de zika e 150 de chikungunha, em 2018. Quem já teve alguma dessas doenças sabe o quanto é importante tomar cuidado. “Tive chikungunya há dois anos e até hoje sinto dores, que ficaram como sequelas. Eu passei a ter muito mais cuidado depois disso”, diz Marinete.

A prefeitura diz que tem intensificado as ações no município para combater o mosquito. O período de chuvas, somado as altas temperaturas, se torna o ideal para a proliferação do vetor. O que se pode notar é que em Macaé o problema do destino dos resíduos é muito mais uma questão cultural do que de ação do poder público, apesar de o mesmo não fiscalizar como determina a legislação.

Além da mobilização dos governos federal, estaduais e municipais, a população é uma peça fundamental nessa luta. A única maneira de se proteger é não deixando o mosquito nascer. Ele se prolifera em água parada, seja ela limpa ou suja. O ciclo do Aedes aegypti desde a larva até o nascimento dura apenas de oito a 10 dias.

Diante disso, faça a sua parte. Entre as dicas estão: não deixe água da chuva acumulada sobre a laje; mantenha fechados os depósitos de água como caixas d’água, tonéis e barris; encha de areia até as bordas os pratinhos de vasos de plantas; guarde garrafas viradas de cabeça para baixo; guarde pneus e outros objetos que podem acumular água tampados e em locais cobertos; coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira fechada. Não jogue o lixo em terrenos baldios.

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