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Juros fecham em queda firme, em meio a otimismo com eleição e recuo do dólar

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Por Denise Abarca

Os juros futuros fecharam a sessão regular desta terça-feira, 9, novamente em queda firme, tendo renovado mínimas em toda a curva na parte final dos negócios. Ao otimismo com o cenário eleitoral, somou-se a melhora no mercado de moedas global, onde o dólar se enfraquece de maneira generalizada nesta tarde, com alta apenas ante o iene.

O volume, a exemplo de segunda, foi bastante forte. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 7,61%, de 7,855% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 8,894% para 8,64%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou em 9,96%, de 10,144% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2025 recuou para 10,59%, de 10,743%.

Algumas das principais taxas, como a do DI janeiro de 2021, terminaram a sessão regular com queda de mais de 20 pontos base, mesmo após terem registrado forte declínio de segunda-feira.

Além de já precificar a vitória do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno com condições favoráveis de governabilidade em função do mapa do Congresso, o mercado reagiu nesta terça positivamente ao surgimento de possíveis nomes que vão compor a equipe econômica de Bolsonaro, sob a batuta de Paulo Guedes na Fazenda.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a dupla quer levar executivos do setor privado, especialmente do mercado financeiro, como Alexandre Bettamio, presidente-executivo para a América Latina do Bank of America. “São nomes interessantíssimos É essa a sinalização que se espera”, disse o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

E, afirmações de Guedes no período da tarde também soaram como música aos ouvidos do mercado, como por exemplo, a “de que é necessário acelerar as privatizações para dar continuidade à reforma do Estado”.

Bolsonaro continua angariando apoios para o segundo turno, mas também rejeição por nomes tradicionais da política brasileira. O PTB, após integrar a coligação de Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno, anunciou nesta terça apoio a Bolsonaro.

Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao colunista Bernardo Mello Franco, de O Globo, reforçou que não admite apoiar o candidato.

Ele, que na terça utilizou o Twitter para desmentir que tivesse declarado apoio a Fernando Haddad, desta vez foi mais ameno em relação ao candidato do PT e disse que vai aguardar para definir sua posição nesse caso.

Às 16h41, o dólar à vista caía 1,39%, aos R$ 3,7110, após chegar à mínima de R$ 3,7018. Nas ações, o Ibovespa reduzia os ganhos para 0,13%, aos 86.196,79.

Fonte: Estadão conteúdo