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Juntos e misturados

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Apesar de se manter em empate técnico, segundo recentes pesquisas eleitorais, com o senador Romário (PODEMOS) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR), o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), consegue atingir um nível expressivo de adesão à sua campanha ao governo do Estado nas principais cidades do Norte Fluminense.

Herdeiro político do que ainda resta da trajetória de Sérgio Cabral e Jorge Picciani, Eduardo não muda o mesmo estilo de fazer campanha característico do MDB: arrastando aliados, reunindo multidões e conquistando o apoio de prefeitos de municípios que dependem, diretamente, de aportes financeiros da combalida gestão estadual.

Em Macaé, a sua passagem relâmpago em eventos fechados e no encontro realizado no Quenzas Hall encobriu, por completo, o efeito da visita de Índio da Costa (PSD) ao município, sendo ele o primeiro postulante ao cargo de governador a estar em Macaé nestas eleições.

Diante de um tabuleiro conflituoso, onde os seus aliados precisam aparar as próprias arestas políticas internas, Eduardo caminha com um sorriso pouco visto entre os que se arriscam a substituir Pezão (MDB) no comando do Rio. Apesar da economia dar sinais de recuperação, através da dinâmica do petróleo, o desafio vai ser grande para quem assumir esse elefante branco.

Mesmo a sociedade esperando as transformações provocadas pelas investidas da Operação Lava Jato, estas eleições não serão o divisor de águas capaz de mudar o cenário político, nem estadual, nem nacional, provocando ainda mais desconforto para o eleitor, que promete não ir às urnas em outubro.

E, quando isso acontece, os projetos iniciados por Paes, Romário, Garotinho e companhia, se fortalecem ao se sustentarem dentro do ambiente viciado das eleições, que segue sendo discutida apenas por quem possui um interesse direto pelos acordos, alianças e financiamentos firmados ao longo dessas semanas.

Neste sentido, correm os projetos políticos que até chegaram a ser ameaçados pelo andamento do trabalho do Juiz Sérgio Moro e do Ministério Público, mas que conseguiram sobreviver ao oferecer a oportunidade para aqueles que acreditam na impunidade, como forma de seguir em frente.

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