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Judicialização

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O episódio recente das diferentes interpretações de magistrados que pertencem a mesma esfera do Judiciário representa a necessidade de uma reforma geral em todos os poderes que defendem a representatividade da sociedade brasileira.

Casos que comprovam a influência da pressão popular, da posição política partidária e da necessidade de se ganhar notoriedade sobre casos que colocam a opinião pública em frenesi, repercutem de forma bastante negativa para a imagem do país, que tenta encontrar um novo caminho através da luz da democracia.

Mediante uma queda de braços que envolve dois lados da política brasileira, a Justiça ascende o seu poder de decisão, que algumas vezes acaba ficando distante do que prevê a Constituição Federal, carta magna das diretrizes que regem a relação social em todo o país.
Dentro das devidas proporções, o eterno embate entre a situação e a oposição em Macaé também reserva episódios em que a discussão sobre a interpretação da lei, acaba chegando às barras da Justiça, uma situação que cria instabilidade, no momento em que a cidade precisa de equilíbrio para alcançar dias melhores.

As interpretações dúbias da legislação municipal, muitas vezes criam um impasse jurídico que freia o desenvolvimento de políticas públicas que podem amenizar os efeitos da crise, no dia a dia de milhares de pessoas que tentam vencer o atual cenário de recessão.
Independentes em suas atribuições, os poderes precisam ser harmoniosos perante a interpretação do que é melhor para a sociedade, não aos olhos da política, mas sim da verdade e da transparência.

E quando o diálogo entre os representantes dessas três esferas é baseado na vaidade e no egocentrismo, quem perde é o cidadão que já tem direitos ceifados, em virtude da nebulosidade que ainda encobre as principais diretrizes da democracia.

Pensando sempre em uma sociedade mas justa, os três poderes precisam repensar a forma de tratar os assuntos pertinentes ao cotidiano do município, do Estado e do país, acabando com uma instabilidade que só fortalece a falta de coerência nas relações democráticas e republicanas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

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