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Governo suspende leilão de arroz, mas zera tarifa de importação de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) suspendeu o leilão de compra de 104 mil toneladas de arroz beneficiado polido, que estava previsto para esta terça-feira (21).

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) suspendeu o leilão de compra de 104 mil toneladas de arroz beneficiado polido, que estava previsto para esta terça-feira (21). Em comunicado divulgado na noite de ontem (20), a Conab informou que a nova data será “publicada oportunamente”. Segundo o governo, o leilão visa garantir o abastecimento de arroz após as enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da oferta nacional do produto.

Entretanto, a medida enfrentou críticas do setor agropecuário. Produtores de arroz do Rio Grande do Sul declararam que as enchentes não afetaram parcela significativa da safra, que já estava quase toda colhida. Segundo eles, a compra de arroz pelo governo, seguida da revenda abaixo do preço de mercado, foi vista como uma forma de o presidente Lula se vingar do setor agropecuário sul-riograndense, que não o apoiou.

Em uma reunião extraordinária realizada ontem, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar as tarifas para dois tipos não parbolizados e um tipo polido/brunido do grão. A medida, válida até 31 de dezembro, tem como objetivo facilitar a importação e foi solicitada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e pela Conab. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) irá monitorar a situação e reavaliar o período de vigência se necessário.

Para implementar a isenção tarifária, os três tipos de arroz foram incluídos na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) do Mercosul. Atualmente, a maior parte das importações de arroz no Brasil vem do próprio Mercosul, sem pagamento de tarifa de importação. O Mdic afirmou que a redução a zero da alíquota permitirá a compra de arroz de outros grandes produtores, como a Tailândia, que até abril deste ano, respondeu por 18,2% das importações brasileiras de arroz.

Por portal Novo Norte

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