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Final de um ciclo

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Apesar de bastante previsível, independente do resultado das urnas, o encerramento do processo eleitoral neste domingo (28) marcará o fim de um ciclo bastante nocivo para o cenário político e administrativo para a nação.

Depois de quase quatro meses de embates que só ajudaram a transformar ainda mais caricata, a imagem do futuro presidente do Brasil, o povo ainda não tem qualquer garantia de estabilidade social, de controle orçamentário e de visão concreta, sobre um novo passo rumo ao desenvolvimento e da prosperidade.

E mesmo se o mercado do petróleo nacional tomar um rumo independente de superação, que abre uma nova perspectiva de investimentos, de geração de postos de trabalho e de fortalecimento da economia, a parte política ainda cria uma certa desconfiança que nem mesmo a certeza do enfrentamento à bala, será capaz de mudar.

Como a sensibilidade do mercado financeiro, que sobe e desce mediante a qualquer pronunciamento irresponsável dos presidenciáveis, os eleitores ainda não possuem a certeza de quem em curto e médio prazo, a deficiência da segurança pública será resolvida, o colapso da saúde pública será superado e a fragilidade da educação será substituída por escolas em ordem e disciplina, seguindo as regras de conduta militar.

Em um exagero de ataques mútuos responsáveis pela produção em massa das fake news, o povo segue cansado de tentar defender ideias lançadas por candidatos, que não encontram em qualquer dicionário ou artigos do Código Penal, que sustentam seus argumentos.
Com a certeza de que, no primeiro turno, ainda era possível ser anarquista até na hora do voto, agora o povo passa a compreender o quanto será importante e marcante o posicionamento que será assumido diante da urna, algo que terá maior efeito que o porte de arma, ou os ataques aos direitos civis.

E tão conservador quanto os questionamentos sobre a sexualidade, a cor da pele e a origem que pauta a miscigenação característica do povo brasileiro, a visão do eleitor passa a ser bem mais pragmática e não deturpada pela crença de que um discurso de ódio conseguirá fazer valer a ordem, diante de um país extremamente frágil e à beira do caos.

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