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Esquentando o tamborim

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Colocados como firmes postulantes para serem candidatos a prefeito e tentar ganhar a eleição de Dr. Aluízio, os partidos estão mobilizando seus filiados mesmo através de encontros virtuais, para fincar suas bases e disputar as eleições de 2020, porém, sem muita paixão. Pelo menos é o que parece, considerando que apenas um dos que se colocaram como cabeça de chapa para disputar o pleito, não perde a oportunidade e pegando a linha da Direita, já, vem através de lives na internet utilizando as mais diferentes plataformas, e afirmando estar afinado com o presidente Jair Bolsonaro, elencando uma enorme lista de denúncias de mal feitos pela administração pública municipal, principalmente em relação à gestão da saúde em tempo de pandemia do coronavirus. Desejando mostrar que não lançou sua pré-candidatura, apenas para satisfazer seu ego pessoal, mira sua metralhadora giratória para todos os lados, fazendo críticas ácidas e acusando a gestão atual de não estar administrando o município como deveria, prometendo se eleito realizar auditorias em todo o governo que pretende suceder e, principalmente, acabar com o atual sistema transporte público.

Bem, mas como o eleitor não vive só de promessas, e a fila de pré-candidatos começa a andar, sabe-se hoje que até o Partido dos Trabalhadores vai ter candidato a prefeito, situação até há pouco não imaginada pelos que acompanham o ritmo político da cidade. Ainda sem ninguém para empolgar muito os eleitores, e não tendo havido Carnaval que pudesse aglomerar as pessoas para os desfiles, os tamborins começam a esquentar e farão maior barulho, quando os pré-candidatos forem homologados. Inicialmente, antes da pandemia, pelo menos previa-se cerca de 10 candidatos para a sucessão de Dr. Aluízio, número que foi baixando à medida que o coronavirus entrou no ar e pode haver surpresas até as convenções.

Preparar o futuro

Dos pré-candidatos ao governo municipal, são conhecidas pelo menos duas propostas de Plano de Governo até agora em elaboração e que vem sendo discutidos para ganhar o apoio dos eleitores que vão escolher o novo prefeito e os 17 vereadores no dia 15 de novembro. Como na internet vem pipocando uma série de denúncias apenas e, na prática, nenhuma sugestão que possa contribuir para melhorar o futuro da cidade, parar na esquina e fazer rufar o tambor é muito mais fácil do que transmitir credibilidade e convencer aos eleitores o que pode dar certo para plantar o futuro e, cada qual, se souber mais do que o pré-candidato, entrar no grupo que prefere ver entregue a gestão da cidade, indicar técnicos e previsibilidade de um projeto inovador. Problemas de água, esgoto, educação, transporte, meio ambiente, e outros benefícios sociais são muito dos reclamados, mas não é tão fácil realizar os objetivos.

Quando o ex-prefeito Sylvio Lopes decidiu construir o Hospital Público Municipal, uma modernidade e de grandeza tão imensa, que passou a ser referência na região, no mesmo período, não havia como sepultar nos cemitérios na rua da Igualdade. Foi construído o Memorial, além de ter sido edificado o Centro de Convenções para o município receber grandes feiras e outros eventos. A Linha Verde, a Linha Azul, a Linha Vermelha, a Avenida Ayrton Sena, a duplicação da Hildebrando Alves de acesso ao aeroporto, sem falar no Centro Esportivo e no Parque da Cidade, foram visões futuristas. Aliás, foi a gestão que mais legados deixou para a população em obras em todos os tempos, com um urbanista desenhando o exemplo de Curitiba que deu certo, só interrompido o processo quando o que foi planejado, começou a ser descaracterizado pelo sucessor. Água e esgoto, ainda continuam sendo o carro chefe de quem pretende desafiar os eleitores.

 

 

PONTADAS

A Petrobras que desde o final da década de 70, edificou suas bases em Macaé, especificamente pelo critério técnico e não político, fez o município se tornar a Capital Nacional do Petróleo. Agora, com as atenções voltadas para a camada de pré-sal, e a empresa diminuindo de tamanho com possibilidade até de ser privatizada, Macaé que já foi Princesinha do Atlântico, deve começar a pensar num novo título.

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Não é demais imaginar que passada a pandemia, ninguém sabe ainda em quanto tempo esse vírus invisível pode durar, fazendo vítimas. Quando começou o boom do petróleo, o empresário Armando Borges, autor de alguns livros retratando a história da cidade, se preocupava mais com o período deflacionário, quando o petróleo deixasse de ser a bola da vez por aqui. A deflação imaginada por ele há três décadas, começa a ser vivida, com dezenas de empresas fechadas e imensos galpões quase ao abandono.

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Reclamações não param de ser feitas pelos usuários do transporte público que ao colocar menos coletivos nas ruas para servir a população, parece ter diminuído o número de ônibus, o que colabora para a transmissão do coronavirus porque só trafegam com excesso de lotação, o que é proibido pelas autoridades de saúde. Aliás, a SIT parece que tem os dias contados porque o contrato com a prefeitura termina este ano. O novo prefeito vai pegar de cara, uma bomba de efeito retardado.

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Até domingo.

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