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Disputa pelo poder

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As redes sociais que esta semana sofreram um revés com a decisão de o aplicativo WathsApp ter estabelecido o encaminhamento de qualquer postagem para apenas uma pessoa do grupo, em vez das cinco vezes em que era permitido o que infernizava mais rapidamente a vida dos atores políticos, os que mais utilizam a ferramenta para disseminar suas ações, críticas, vídeos, enfim, todo tipo de matéria que possa servir para se manter vivo ou dirigir ataques aos adversários, parece que vai diminuir um pouco a disseminação de acusações ou elogios que podem prejudicar ou favorecer alguém que esteja pronto para a disputa pelo poder. Mas e o WathsApp assim o faz, outros aplicativos como o Faceboock, Instagram, Telegram, dentre outros, são territórios livres onde cada um fala o que quer e recebe o troco de volta do que não quer.

Como, primeiro o Carnaval, e depois a crise de combate ao Corona Virus, vem deixando os pré-candidatos na muda, não quer dizer que todos eles pararam. Apenas diminuíram de viralizar ações porque enquanto alguns imaginavam que haveria o adiamento das eleições ou até mesmo a prorrogação de mandatos até 2022, a tese parece não ter ecoado bem nos corredores do Tribunal Superior Eleitoral que cumpre o calendário estabelecido, tão pouco no governo, que torce para que a democracia não seja mais uma vez manchada com atos que tiram do eleitor o seu direito pleno do voto. Então, mesmo um pouco “mudos” mas não quietos, os pretensos candidatos estão ainda brigando pelo poder. Você aí, já escolheu o seu?

Influência política

Desde a década de 70, quando a Petrobras começou a invadir Macaé e a ocupar seus espaços para sediar todas as unidades de exploração e produção da plataforma continental da Bacia de Campos, o município sem estar preparado para receber tamanho impacto com a transferência da sede em Vitória para a ponta de Imbetiba, e atraindo em consequência as empresas de apoio que também fincaram suas bases por aqui, muitos imaginaram que a mudança então de forma brusca, poderia influir nas ações políticas do município que sempre dependia das usinas de açúcar e álcool de Carapebus e Quissamã, além da pecuária, como forte fontes de renda.

Mas veio a luta para mudar a lei que acabou permitindo o pagamento dos royalties e pelo menos os cinco principais municípios listados na Zona de Produção Principal da Bacia de Campos, começaram a “nadar” em dinheiro, só que não se pensou em criar um fundo para guardar um pouco para hoje estar fazendo a diferença. Resultado? Qualquer crise relacionada ao petróleo, como agora, quando os países exportadores voltaram a abrir as torneiras levando o preço do barril a cair para até US$ 20 dólares, crise aliada ao vírus disseminado pela China que atinge o mundo, voltam os países exportadores, a tentar um acordo para fazer um corte de até 10 milhões de barrís por dia, para viabilizar a recuperação do preço do produto.

Bem, mas com toda a força que a Petrobras trouxe para Macaé, chegando a ter no seu quadro mais de 20 mil postos de trabalho, sem contar as terceirizadas, até os dias atuais, nunca venceu o desafio de eleger um representante para a Câmara Municipal ou para a prefeitura, o que foi tentado por alguns mas nunca chegaram lá. E, mesmo com a força de um sindicato influente, a história continua a mesma e, se depender da vontade dos eleitores, parece que esse desafio vai continuar. Como este ano é de eleições e é outra oportunidade, será que haverá algum pretendente para mostrar a força da Petrobras?

 

PONTADAS

E já que falamos em Petrobras, a empresa anunciou que tem um novo programa para incentivar a aposentadoria de empregados, com a expectativa de economizar R$ 7,6 bilhões até 2025. A empresa que tem cerca de 47 mil empregados, calcula que possa haver a adesão de 3.800 funcionários aos programas. A decisão faz parte de um plano de resiliência para reduzir custos e sobreviver ao cenário de preços baixos do barril.

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Os funcionários da prefeitura que, segundo estimativas, chegam a 13 mil, estão sem receber reajuste salarial há pelo menos quatro anos ou mais. Tudo para ser respeitada a Lei de Responsabilidade Fiscal que não permite ultrapassar o limite estabelecido. Mas os gestores ainda não acreditam que os gastos perdulários com os royalties, denunciados em 2007 pelo presidente da ANP Haroldo Lima, tenham contribuído para isso. Gastar, gastar, gastar… guardar para quê?

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Um juiz federal de Brasília, bloqueou o dinheiro dos fundos partidário e eleitoral mandando que eles fossem usados no combate contra o coronavirus. Itagiba Catta Preta Neto, decidiu que a verba ficará à disposição do Governo Federal mas à disposição do Tribunal Superior Eleitoral. Mas “famintos” por dinheiro fácil para financiar as campanhas o Congresso e a AGU ingressaram com recursos. Uma pena.

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Até domingo

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