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Dinheiro X Eficiência

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Por mais que os cenários administrativos dos governos estadual e federal apresentem uma projeção não muito positiva para o próximo ano, em virtude de todos os atrasos do crescimento do país impostos pela corrupção e pela briga política, por que há uma disputa eleitoral tão acirrada nas duas esferas do poder Executivo?

A resposta é dada pelos números que envolvem o desempenho fiscal de cada gestão. Enquanto há redução de impostos derivados da saúde econômica nacional, especialmente pela expansão industrial, pelo desempenho do comércio e da construção civil, há as compensações do petróleo, uma fonte de riquezas que parece ser inesgotável, diante das dimensões do pré-sal.

Por mais que o jogo político siga sob suspeição, através das investidas da Operação Lava Jato, a barganha por cargos, a influência sobre a execução orçamentária e o poder bilionário que essas duas máquinas administrativas ainda mantêm, reforçam as expectativas de que as eleições representam, muito mais que um objeto de poder, que propostas efetivas para promover as transformações sociais que o país espera. Em quatro anos, a arrecadação dos governos estadual e federal devem crescer aproximadamente 25%, uma margem muito expressiva mediante a decadência fiscal que será herdada pelos futuros governador e presidente.

Sempre na contramão da crise, Macaé já representa o quanto o petróleo será capaz de mudar a realidade econômica nacional. Mas isso só ocorrerá ser as alterações nas regras offshore, amplamente discutidas pela indústria e a União nos últimos meses forem mantidas.

O que se espera do resultado do atual embate político é a renovação de forças e de esperanças sobre administrações que encararam a verdadeira face da revolta do povo que, apesar de não ter ocupado as ruas, foi suficientemente capaz de aplaudir as ações do Ministério Público e da Justiça, que deram um sopro de esperança por dias melhores.

Porém, no momento em que o Judiciário também vive as influências das definições políticas, há de se esperar que os próximos governos reduzam os excessos, foquem em resultados e não se esqueçam de que a República, seja ela Fluminense ou de Brasília, não suportam outro baque provocado pela corrupção que, apesar de todos os esforços, parece ainda não ter sido estancada.