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Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é refletido em Macaé com Roda de Conversa

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Fotos: Divulgação

“Orgulho, Vivências e Desafios”. Este foi o tema criado para celebrar o Dia Internacional do orgulho LGBTQIA+ em Macaé, nesta terça-feira, 28 de junho. A data, que é comemorada em todo o mundo, visa conscientizar sobre a importância do combate à LGBTfobia rumo à construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária. 

A Roda de Conversa reuniu dezenas de pessoas no Foyer do Teatro Municipal e foi organizado pela coordenadoria de Políticas de Acesso e Gênero, da secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade (SDSDHA). Contou com a presença da vereadora Iza Vicente (Rede), representando o Poder Legislativo, do secretário de Cultura, Leandro Mussi, além de representantes das secretarias de Saúde e da Mulher que notificaram os presentes sobre as políticas públicas que estão sendo realizadas setorialmente, em favor da população LGBTQI+. 

Ao abrir o evento, a coordenadora de Políticas de Acesso e Gênero, Tayse Marinho, explicou aos participantes que a data é um dos marcos mundiais mais importantes para a comunidade LGBTQI+. “Este é um momento de reafirmar os direitos e garantir que as histórias dessas pessoas não se percam em um mar de violência, preconceito e discriminação. Precisamos conscientizar a população sobre a importância do combate à LGBTIfobia para a construção de uma sociedade mais justa e que viva novos tempos de equidade, de tolerância, da garantia dos direitos humanos e respeito à diversidade de gênero”, destacou Marinho, acrescentando que nessa empreitada contou com o total apoio do secretário Fabrício Afonso e equipe da secretaria. “Eles não mediram esforços para que pudéssemos realizar este evento”.

Durante a Roda de Conversa, várias pessoas e grupos manifestaram seus pontos de vista acerca do tema. Dentre eles, algumas coordenações da área da Saúde expuseram aos presentes o trabalho que têm realizado com a população LGBTQIA+ – Georgia Sardinha, do Consultório LGBTI+, Denio Marinho, do Serviço de Imunoterapia e Victor Tavares, do Consultório de Rua. Fizeram colocações ainda o representante das ONGs e movimentos sociais, Lino Santana, e da secretaria da Mulher, Raquel Duarte, que informou os serviços oferecidos pelo Ceam. “Através do Centro Especializado, a secretaria da Mulher oferece acolhimento e atendimento para mulheres e pessoas que se identifiquem como mulher. Estamos de portas abertas para receber todas”, disse.

Apesar de algumas conquistas, o Brasil ainda tem muito o que avançar no combate ao preconceito e ações afirmativas para essa parcela da população. A afirmação é da vereadora Iza. “Com certeza precisamos avançar em ampliação de direitos e em sensibilização da comunidade e da sociedade sobre os direitos das pessoas LGBTs. Necessidades de acesso a vagas de emprego, mudança de nome, acesso à saúde. É fundamental que isso seja acessível para a população e, principalmente, para minorias como é o caso da população LGBTQIA+” assegurou.

Retificação do nome social – Como política pública, o evento ofereceu o serviço de retificação do nome social e várias pessoas preencheram o formulário. Ithan, participou ativamente do evento e foi uma dessas pessoas que buscou um novo registro, com o nome que ele quer. Ele contou que foi preciso esperar muito e que somente agora, depois que completou 18 anos, é que irá conseguir realizar sua vontade, mesmo tendo sofrido na pele inúmeros preconceitos e discriminações. “Desde os 16 anos que luto para começar a transição de gênero e os hormônios, mas os meus pais não autorizaram. Então, tive que esperar os meus 18 anos para fazer tudo isso e mudar meu nome. Agora, me sinto realizado. E, olha, esse serviço que a Prefeitura está fazendo é muito positivo e necessário porque a gente é praticamente excluído da sociedade e por isso, precisamos buscar os nossos direitos”, revelou Ithan.

Apesar de alguns avanços, conquistados com muita luta, o Brasil ainda é o país que mais mata LGBT no mundo. A inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho segue sendo um desafio e, só agora em 2022, após anos de reivindicação, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) incluiu no censo informações sobre homossexuais e bissexuais. Dados que ainda são insuficientes e subnotificados, segundo especialistas no assunto.

Comunicação SDSDHA

Jornalista Lourdes Acosta

DRT/MTE 911/MA.

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