Motoristas obstruem o cruzamento e contribuem com os engarrafamentos na cidade
Andar por algumas ruas da cidade, principalmente na região central, pode ser algo estressante. Tudo isso ocorre por conta dos pontos de retenção. O que chama atenção é que nem sempre o fluxo intenso é o grande vilão, mas sim a falta de educação de alguns motoristas.
Há alguns dias, o jornal O DEBATE fez um flagrante de um desrespeito entre as ruas Dr. Francisco Portela com Vereador Abreu Lima, no Centro. Veículos de passeio foram flagrados pela nossa equipe de reportagem obstruindo o cruzamento, situação que causou transtornos no trânsito no local.
Um dos carros passou pelo semáforo ainda verde, mas por conta da grande quantidade de veículos à frente, ele acabou ficando parado sobre o cruzamento. Segundo o relato de alguns cidadãos, não são apenas os carros que atrapalham o fluxo. “Aqui todo dia é a mesma história. Horário de pico o fluxo fica intenso e a falta de bom senso de alguns acaba prejudicando a maioria. Os espertinhos avançam e acabam obstruindo a passagem, porque o semáforo da outra via abre e eles estão parados no cruzamento. O problema do brasileiro é uma questão cultural. Não adianta apenas punir, porque nem a fiscalização consegue impedir cenas como essas”, diz Fabiana, moradora da Riviera Fluninense.
Segundo o Art. 45 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), “mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal”.
Muitas vezes esse tipo de desrespeito compromete a segurança no trânsito, principalmente em cruzamentos onde não há semáforo. Vale ressaltar que o CTB diz que “ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência”.