Com lojas fechadas e sem previsão de retorno, alguns comerciantes vêm sofrendo a amargura da crise econômica em seus negócios na cidade
Depois de quase quatro meses de lojas fechadas diante da pandemia do coronavírus que assola a Princesinha do Atlântico desde meados de março, alguns comerciantes em Macaé vêm sentindo o impacto da crise econômica em seus negócios.
Cooperando com o isolamento social e, consequentemente, com a contenção da disseminação do COVID-19 no município, trabalhadores precisaram suspender temporariamente as suas atividades presencialmente e se reinventar, como no caso da Fernanda Mota, proprietária de uma agência de viagens.
“Como minha agência é nova na cidade, precisei tirar o site do ar, o que prejudicou ainda mais o meu negócio. Vou me reinventar, criando uma plataforma com o conceito de house sitting para baratear as viagens. Acredito que será o ‘novo normal’ e, assim, colocarei para vender quase tudo online”, ressalta.
Frente ao cenário pandêmico, nem todos conseguem manter seus empregos de forma online através de delivery e, com isso, as vendas caem ainda mais, tornando emergentes as dificuldades pessoais de cada empreendedor neste momento delicado.
Vale pontuar que a aviação tem sido uma das categorias mais impactadas pela pandemia do novo coronavírus, bem como as agências de viagens, visto que com poucos voos e redução na circulação de pessoas, ambos os serviços se encontram afetadas financeiramente.
Neste sentido, outro segmento que vem sentindo os impactos da crise econômica é a categoria de hospedagem que, segundo estudos, vem tendo de 80% a 99% das reservas canceladas.
Outro setor que também tem sentido os impactos nas vendas são os comerciantes de lojas de roupas. Estabelecimentos de intensa movimentação, as lojas se encontram fechadas e, por não conseguirem trabalhar por delivery, acabam fechando suas portas de vez.
“Trabalho numa loja no Calçadão da Avenida Rui Barbosa há 16 anos e, pela primeira vez, meu local de trabalho está prestes a fechar por conta da crise. Muito triste essa situação. Nós entendemos o momento, mas é inevitável não lamentar os problemas que estamos passando”, revela a vendedora Juliana Silva.