Da burocracia aos esquemas de corrupção apurados pela Lava Jato, a influência política sobre qualquer processo que visa desempenhar o progresso de uma cidade, de um Estado e até mesmo do país, pode reduzir a pó qualquer alternativa de transformação que a sociedade espera em um futuro próximo, na fase pós-crise.
E desde que as discussões que envolvem a concessão do Aeroporto de Macaé foram iniciadas, com crédito direto para as instituições empresariais locais, são vistas movimentações que não acompanham o interesse direto de se solucionar um dos grandes gargalos da logística econômica da cidade que representa o melhor quadro técnico capaz de consolidar um novo momento para a indústria de óleo e gás.
Recentemente, matéria do jornal O GLOBO apontou um conflito de interesses dentro de dois órgãos importantes do governo federal, responsáveis pelo encaminhamento do projeto de concessão da base macaense.
E o cerne deste embate é a maior garantia que a economia da cidade precisa, na projeção de um futuro administrativo para o Aeroporto local: a viabilidade de operações de aeronaves de voos comerciais.
Com o risco dessa condição ser excluída do processo de concessão, a classe empresarial local atuou rápido, e cobrou da própria Secretaria de Aviação Civil a garantia de permanência da construção da nova pista como um dos critérios do processo.
Dito e feito! Ao reconhecer a importância da cidade para a restruturação da economia nacional, e a dependência de que essa nova boa fase possui em relação as operações aéreas no município, a garantia de investimentos na ampliação da capacidade de operação do Aeroporto foi dada. O que nos resta agora é aguardar a consolidação desse novo processo.
Mais uma vez, mediante as movimentações políticas que visam o atraso do desenvolvimento local, os verdadeiros representantes da cidade assumiram a posição de cidadãos, na defesa por um novo ciclo do progresso que pode garantir, não apenas negócios, mas também geração de oportunidades de trabalho para a população.