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Cancelamento das eleições

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Desde o ano passado, quando ainda não se tinha informações sobre o coronavirus e ninguém poderia imaginar o que aconteceria no futuro pois nenhum vidente se manifestou, existiram grupos que articulavam junto ao Congresso propondo o adiamento das eleições deste ano prorrogando os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores até 2022, o que seria como acertar na loteria sem pagar nenhuma aposta, apenas apontando números.

Ainda no ano passado, o ministro Luis Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral, chegou a elaborar e propor ao presidente da Câmara, um projeto de lei com alterações na legislação eleitoral, recebendo como resposta do presidente Rodrigo Maia, que não haveria tempo hábil para apreciar a matéria, levando ao recuo da proposta, até porque, poderia atrapalhar o que já estava “costurado” para as eleições deste ano e muitos parlamentares que não desejam perder as boquinhas do poder legislativo, preferiram manter o jogo como estava disposto o tabuleiro do xadrez político.

Mas, chegamos a 2020, muitos pré-candidatos já estavam a todo vapor fazendo campanha para seus nomes serem homologados na convenção de julho/agosto de acordo com o calendário eleitoral, e apenas aguardavam a “abertura da janela” para possibilitar a acomodação nas siglas partidárias sem perigo de perder o mandato para aqueles que detêm o poder. Bem, a janela abriu, chegou o coronavirus, o mundo virou de cabeça para baixo e houve tentativa de cancelar as eleições.

O probo ministro Luis Roberto Barroso, que a partir de maio assume a presidência do TSE, já descartou o cancelamento e pode até adiar algumas datas mas, as eleições, não. Portanto, estejam todos preparados porque não vai haver coligação partidária e será preciso muito prestígio político para alcançar o cargo pretendido. Agora, mesmo com coronavirus, todos em alerta.

Royalties contra o vírus

Muitos prefeitos na época em que o ouro negro era a esperança de dias melhores para a população dos municípios que recebem royalties por conta da produção de petróleo, principalmente os situados na região de Macaé, onde estão sediadas as unidades da Petrobras e das empresas prestadoras de serviço, nadaram com o excessivo rio de dinheiro que caia na conta e, sem parar para pensar, ou buscar alternativas e exemplos pelo mundo, foram acusados de gastos perdulários pelo ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, quando nos idos anos de 2007, anunciou a descoberta da camada de pré-sal, ampliando as reservas e colocando o Brasil como espelho para o mundo.

Mas, não houve o devido cuidado na gestão do dinheiro, embora alguns países como a Noruega, por exemplo, foram visitados para buscar as alternativas de aproveitar os recursos. O que a Noruega e outros países fizeram e nenhum município ou estado brasileiro fez, foi criar um fundo para economizar os recursos que hoje continuam servindo de exemplos. Logo após a crise de 2008, o governo federal pensou na criação da Pré-Sal e levou quase 10 anos para mudar a legislação estabelecendo que, como o mar é da União, todos os estados e municípios brasileiros teriam direito a um quinhão do rico ouro negro. Os estados e municípios que gastaram desmedidamente, trataram de recorrer à Justiça e o Supremo Tribunal Federal está com a bola da vez e já marcou o julgamento da ação, adiado algumas vezes mas que, vai ter de decidir.

Com certeza, surpresas desagradáveis para alguns. E se tivessem os gestores o cuidado de guardar o dinheiro, agora, por exemplo, com a onda do coronavirus, os royalties poderiam estar ajudando e muito no combate a este mal. Maricá, que recebe mais do que Macaé, parece não ter aprendido a lição e continua gastando sem limites. Depois, não vão dizer que foi por falta de aviso.

PONTADAS

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Enquanto muitas pessoas ficam grudadas na telinha da televisão aguardando as entrevistas do Ministério da Saúde para saber a quantas andam as providências tomadas para o combate do coronavirus, o número de vítimas fatais e casos confirmados, muitos pré-candidatos a vereador e a prefeito continuam usando as redes sociais para dar recados aos seus eleitores para quando outubro chegar.

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Enquanto o Brasil vai sendo pressionado a reduzir a produção de Petróleo e a Petrobas já anunciou que vai cortar 100 mil barris/dia, a OPEP decidiu que o corte pelos países exportadores de petróleo será de 9,7 milhões. Isso não fará o preço do barril aumentar muito e os analistas de plantão acreditam que o preço alcançado hoje em torno de 20/30 dólares, não passará disso e, se muito, oscilar até 40 dólares. Nunca mais o mundo do petróleo será igual.

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Silvinho Lopes que “está na muda” aguardando o mau tempo passar para entrar em campo, já tem um grande grupo trabalhando no seu plano de governo. Quem já teve acesso e acompanha o desenvolvimento do grupo, admite que pode ser o melhor de todos a serem apresentados, possivelmente pela experiência da gerência municipal nas gestões do pai Silvio Lopes. E olha que tem história para contar.

Até domingo

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