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Briga pelo poder

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Há algum tempo, quando começaram as especulações de possíveis nomes para serem lançados como candidatos à Presidente da República, a situação era bem diferente da atual e, sempre tido como líder natural, o ex-presidente Lula era o preferido, até que aparecesse o deputado Jair Bolsonaro que ao ver a ociosidade rondar os partidos que, na sua maioria, estão envolvidos em maracutaias, resolveu enfrentar o desafio e colocou-se como pré-candidato. Enquanto Lula começava e cada vez mais se enterrava junto com vários petistas e aliados, envolvidos em denúncias de corrupção, a verborragia tomava conta dos momentos alucinantes não só dele mas de seus fiéis escudeiros no Senado e na Câmara dos Deputados.

À medida que era contestado pelo deputado Jair Bolsonaro, prometendo colocar ordem na desorganização implantada nos três poderes para consertar o país, Lula acabou se tornando inelegível, sendo encarcerado na Polícia Federal em Curitiba, e de dentro do presídio, fazendo da cela seu comitê eleitoral, transmitia ordens para seus abnegados e bem pagos advogados, tentarem de todas as formas e meios, levar a Justiça a erro, em busca de sua liberdade, embora todas as instâncias houvessem decidido que não. Até os 45 minutos do segundo tempo, sua militância negou que então seu candidato à vice Fernando Haddad, seria o cabeça de chapa, o que acabou ocorrendo, quando as esperanças também acabaram. Lula preso, os prazos vencendo, Jair Bolsonaro que prometia combater todas as ações de esquerda, crescia.

Com a mudança nas regras eleitorais e a campanha curta, além da Copa do Mundo que acabou mais cedo para os brasileiros, após a convenção dos partidos, pelo menos 13 candidatos foram registrados para concorrer no dia 7 de outubro. No meio do caminho, um cidadão (que estão tentando provar que é deficiente mental???), desferiu uma facada no Bolsonaro que atingiu não só o candidato, mas grande parte de brasileiros que viu na tentativa, um golpe de colocá-lo fora da disputa, o que está acontecendo e continuará até o fim do primeiro turno das eleições. Enquanto os mais bem colocados patinam nas pesquisas, Bolsonaro avança, mesmo fora de combate, e muitos até candidatos já admitem o voto útil. Para chegar ao segundo turno e disputar com ele, Bolsonaro. Mas, se o voto útil recair em Bolsonaro e decidir a eleição logo no primeiro turno? A briga pelo poder é grande. Tomara que o resultado seja maior para o bem de todo o povo brasileiro.

Quase um retrato

Se a situação do Brasil está ruim, com problemas de toda ordem e sem solução a curto prazo, parece que o município de Macaé, um dos mais ricos do país com orçamento que chega a mais de R$ 2 bilhões por ano, mal comparando, parece estar pior. O conhecido “governo da mudança” prometido antes de 2012, parece mesmo que mudou, para pior. Não há na estrutura do governo municipal nenhum setor que funcione e quem atesta isso é a voz das ruas. Não é difícil encontrar, de norte a sul, ou de leste a oeste, o clamor popular de que nada funciona. Nem a saúde, que todos imaginavam que daria um salto em qualidade e atendimento, considerando que o prefeito é médico e, como ex-diretor do HPM, Superintendente, ou qualquer outro cargo exercido, nada deu certo. É o órgão que mais troca de nomes e, mesmo resolvendo ser Secretário de Saúde além de prefeito, cumulativamente, não conseguiu enxergar os problemas nem encontrar soluções para resolvê-las.

Bem, mas não é só na saúde. Na Mobilidade Urbana, na segurança pública, na gestão administrativa em geral, no meio ambiente, na educação, no transporte… bom, aí é outra coisa. Ao resolver subsidiar as empresas de ônibus para que o passageiro pague apenas R$ 1 pela passagem, mais de R$ 100 milhões de reais vão para os empresários, em vez de ir para creches, escolas, saúde e outros setores. Maricá deu o exemplo. Comprou uma frota de ônibus, abriu empregos, e transporta a população de graça.

E com recursos dos royalties já quase ultrapassando o destinado ao município de Macaé, consegue realizar uma administração que, para muitos serve como modelo. Outra promessa que não saiu do papel na primeira gestão (2013/2016), foi a realização da obra de esgotamento sanitário que em Parceria Público-Privada (PPP), estaria concluída. Tudo falso. A ex-Odebrecht Ambiental que chegou a denunciar que deu propina para alguns da prefeitura, agora vendida para a BRK, simplesmente cobra taxas elevadíssimas, aumentou as tarifas de água, mas o esgotamento sanitário mesmo… O eleitor parece estar com aquela velha recordação na cabeça de “me engana que eu gosto”. A mesma coisa aconteceu com o abastecimento de água. Tudo conversa para boi dormir. Bom, mal comparando, o retrato é bem pior do que o do Brasil. Todos rezam para que o tempo passe rápido para trocar o município de comando.

 

PONTADAS

 

E já que registramos aqui a falta do tratamento de esgoto pela cidade, quem passa pela Barra de Macaé em direção ao aeroporto, e que enxerga e sente forte mal cheiro, observa que é o despejo in natura no canal Macaé-Campos. Um absurdo dos maiores. Aliás, é assim em toda a cidade, principalmente para quem passa pelo Visconde e Miramar próximo ao canal da REFER.

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Praticamente, faltando apenas 21 dias para o primeiro turno das eleições, são muitos os candidatos que aumentam a pressão na campanha e buscam espaço na agenda para apresentar suas propostas. Tem candidato de Macaé preferindo votos fora e deixando os eleitores aqui por conta de outros candidatos que vêm em busca de apoio. E não são poucos. Falta liderança em Macaé?

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O transporte urbano mal servido, deixando passageiros nos pontos de ônibus às vezes mais de uma hora aguardando para o deslocamento para o trabalho ou vice-versa, está cada dia pior. E a Câmara Municipal ainda tem projeto para permitir que o transporte escolar seja permitido com veículos com até 20 anos de uso. Deveria ser ao contrário, para evitar transtornos.

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Até domingo