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Bahia bate Botafogo nos pênaltis e pega Atlético-PR nas quartas da Sul-Americana

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Por Gabriel Melloni

O Bahia bateu o Botafogo nos pênaltis e garantiu vaga nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Nesta quarta-feira, o time tricolor visitou o adversário no Rio e foi derrotado por 2 a 1, mesmo placar pelo qual havia vencido na ida, o que levou a disputa para as penalidades. Apareceu, então, o goleiro Douglas Friedrich, que garantiu a classificação.

A defesa do Bahia sofreu com a velocidade do ataque alvinegro no primeiro tempo e viu o adversário garantir o placar com os gols de Rodrigo Pimpão e Luiz Fernando. Edigar Junio marcou para os visitantes. No segundo tempo, as duas equipes abusaram dos passes errados e o confronto foi mesmo para os pênaltis.

Se no Brasileirão o Bahia segue na luta contra o rebaixamento, na Sul-Americana sonha com o título e pegará nas quartas o Atlético-PR, que passou pelo Caracas. Já o Botafogo volta as atenções somente para o Campeonato Nacional, em que enfrenta o Vasco no Engenhão, terça que vem.

Nesta quarta, o Botafogo foi contagiado no início pelo clima de sua torcida, que cumpriu a promessa de encher o estádio e empurrar a equipe. Aos cinco minutos, a primeira chance: após escanteio da esquerda, Rabello desviou e Pimpão tentou de carrinho, mas chegou atrasado e não conseguiu colocar a direção certa na bola.

Os donos da casa dominavam as ações e quase abriram o placar aos 16, quando Moisés cruzou da esquerda, Luiz Fernando brigou pelo alto e Lindoso ficou com a sobra. Ele dominou de peito e encheu o pé, mas parou em grande defesa de Douglas. A resposta baiana veio logo depois, com Gilberto, que ganhou de Igor Rabello no corpo e bateu rente à trave.

O Botafogo ainda perdeu grande chance com Kieza antes de finalmente abrir o placar. Aos 25 minutos, Rodrigo Pimpão roubou de Grolli, ganhou na velocidade de Tiago e tocou de esquerda na saída de Douglas. O gol acordou o Bahia, que descontou aos 32. Vinicius recebeu na esquerda e cruzou para a área. Gilberto apareceu sozinho do outro lado e escorou no meio, onde Edigar Junio chegou para marcar.

Mas o jogo era mesmo do Botafogo, que seguia aproveitando a lentidão e a insistência da defesa do Bahia de jogar em linha. Aos 39, Matheus Fernandes encontrou espaço pelo meio e deu ótima enfiada para Luiz Fernando, que disparou sozinho, em posição legal, e driblou Douglas antes de tocar para a rede.

Passada a correria dos minutos finais do primeiro tempo, a etapa final foi bem mais morna, e começou com o Bahia mais disposto. Aos quatro minutos, Gilberto disputou com Carli, invadiu a área, mas, desequilibrado, isolou. Aos 18, Grolli aproveitou escanteio da direita e desviou com muito perigo.

Mas parou por aí. Rapidamente, o Botafogo voltou a ser dono do jogo, por mais que não assustasse o adversário. Nos minutos finais, os donos da casa se lançaram ao ataque e tentaram na base da insistência, mas Douglas apareceu bem para defender as tentativas de Pimpão e Lindoso.

Sem criatividade de ambos os lados, o confronto foi para os pênaltis. Marcinho acertou a trave e foi o primeiro a perder, mas Jackson parou em Saulo. A disputa foi para as cobranças alternadas, e aí brilhou Douglas, que defendeu a tentativa de Moisés. Flávio converteu a sua e decretou a classificação do Bahia.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 2 (4) X (5) 1 BAHIA

BOTAFOGO – Saulo; Marcinho, Joel Carli, Igor Rabello e Moisés; Matheus Fernandes (Reanatinho), Rodrigo Lindoso, Gustavo Bochecha (Marcelo Benevenuto), Luiz Fernando (Aguirre) e Rodrigo Pimpão; Kieza. Técnico: Zé Ricardo.

BAHIA – Douglas Friedrich; Nino Paraíba, Tiago (Jackson), Douglas Grolli e Flávio; Nilton, Elton, Zé Rafael e Vinicius (Allione); Edigar Junio e Gilberto. Técnico: Enderson Moreira.

GOLS – Rodrigo Pimpão, aos 25, Edigar Junio, aos 32, e Luiz Fernando, aos 39 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Germán Delfino (Fifa/Argentina).

CARTÕES AMARELOS – Matheus Fernandes (Botafogo); Vinicius, Flávio, Nino Paraíba (Bahia).

RENDA – R$ 496.410,00.

PÚBLICO – 28.256 pagantes (30.234 torcedores).

LOCAL – Estádio Engenhão, no Rio (RJ).

Fonte: Estadão conteúdo