Desde o momento em que três deputados federais do Partido dos Trabalhadores já conhecidos de todos nós, aproveitando o momento em que um desembargador ligado também ao partido, assumiu o plantão em Porto Alegre por causa do recesso do Judiciário, a população viveu momentos de tensão e suspense com as ações manipuladas exatamente para criar confusão e colocar o ex-presidente Lula, na mídia, como se ele pudesse ser candidato, apesar de estar condenado a 12 anos e um mês de prisão e não ser considerado ficha limpa, como estabelece a legislação, proibindo que ele seja candidato.
Depois que foram iniciadas as investigações em torno das operações conhecidas como Lava Jato, onde toda a trama de corrupção começou, chegando a alcançar os alicerces do poder central, políticos e empresários, que saquearam não só a Petrobras mas também várias outras empresas estatais, os contribuintes que pagam em dia seus impostos ficaram indignados a cada vez que se anunciava uma operação e a prisão de importantes personagens da vida pública e privada, ou seja, começava a punir os criminosos de colarinho branco, coisa que nunca ocorreu na história do nosso país.
Mas bastou o trio de deputados advogados aproveitarem a oportunidade de um plantonista de carteirinha assumir o cargo, e meia hora depois já estava registrado o pedido de habeas corpus para Lula, ação que nem ele acreditava que se consumaria, assim como não se consumou, à medida que ao longo da semana, a ordem começava a pairar. Foi uma bagunça geral e agora o plantonista vai responder pelos atos nefastos praticados e poderá ser afastado e até aposentado compulsoriamente, ganhando um bom salário e benefícios, por ter participado e armado o maior circo até agora visto pelos atônitos brasileiros. Quer dizer, já não basta o trio da Segunda Turma do STF. Agora, a coisa vai ficar mais dura, com certeza.
Reerguer Macaé, como?
Foi considerada ótima a ideia e a ação de algumas instituições representadas por muitos empresários e a participação da sociedade civil organizar o projeto Repensar Macaé, quando em vários encontros discutiu-se e muito não tudo, mas pelo menos, grande parte do que é necessário fazer para que o município tome outro rumo e a administração, se não continuar alheia às sugestões apresentadas, comece a aproveitar o que está sendo sugerido para melhorar a cidade.
Mas, será que é só isso? E a identidade do município, continuará caindo no esquecimento e as obras deixadas pelos antecessores vão ser literalmente abandonadas, sem recuperação? Será que isso não é falta de responsabilidade do gestor público que vem somando algumas investigações no Ministério Público e ações na Justiça por desrespeitar a Justiça? A identidade de Macaé, onde está? Esta pergunta é comumente feita pelos macaenses e filhos de macaenses mais antigos que não enxergam mais por onde andam, alguma obra que possa servir para identificar o local. Bem, o município precisa se reerguer.
Evidente que obras faraônicas e úteis podem ser necessárias para melhorar a qualidade de vida da população, como o Centro de Convivência de Idosos, idealizado e começado a construir pelo ex-prefeito Sylvio Lopes e que não teve continuidade pelos sucessores, ou o Parque da Cidade, uma área de 100 mil metros quadrados que poderia ser o principal point das famílias para o lazer. Esquecer e deixar ao abandono até cair literalmente o Ginásio do Ypiranga, onde dezenas de presos políticos estiveram confinados durante o período militar, não é um crime? Não poderia o local servir como um monumento aos Direitos Humanos? A cidade – quem afirma são os moradores – está um verdadeiro abandono. Nem o monumento pelo aniversário dos 200 anos do município foi erguido. Enfim, esperar o quê, de onde nada se pode esperar? Não é o fim da picada?
PONTADAS
Começou a fila para as pessoas se cadastrarem para continuar beneficiadas pelo projeto populista do atual governo que, parece, só encheu os cofres das empresas de ônibus que formam a SIT – Sistema Integrado de Transportes, com a passagem a 1 Real, subsidiada com R$ 2,16 por cada passageiro, sem nenhuma fiscalização. Quem paga a conta?
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A partir de setembro, quem acreditou na história da carochinha, vai começar a pagar tarifa cheia, cerca de R$ 3,07, a não ser que consiga provar que mora em Macaé. Até agora, não foi adiante a proposta de abertura de uma CPI para investigar essa caixa-preta em que os cofres da SIT foram abastecidos com cerca de R$ 400 milhões de subsídios. Cadê o dinheiro que estava aqui? Fez falta para comprar remédios, construir creches e escolas.
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A segurança pública continua deficiente e são muitas as reclamações e casos que pipocam nas redes sociais. Quarta-feira, uma das vítimas foi o médico Flávio Antunes, que teve o carro roubado por dois elementos em uma motocicleta. A quem apelar? Todo cuidado é pouco e, pelo jeito, vai continuar muito difícil colocar ordem na casa. Até a Guarda Municipal, sumiu…
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Até domingo.