Diretora institucional da companhia, Patricia Xavier, compareceu à solenidade de inauguração
A diretora institucional da companhia Azul Linhas Aéreas, Patricia Xavier, compareceu à solenidade de inauguração onde reafirmou o interesse da empresa em operar voos comerciais no Aeroporto de Macaé. Ela chegou na cidade num voo fretado, aeronave modelo Pilatus PC-12, prefixo PR-BZE.
“Temos o interesse de voltar a operar os voos comerciais neste aeroporto como era feito antigamente, mas infelizmente tivemos que suspender as operações por falta de adequações operacionais. Com toda esta remodelação estamos aguardando a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil para voltarmos à operação”, disse.
Segundo Patricia Xavier, a companhia aérea irá operar com três voos semanais para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, mas não descartou aumentar a oferta de voos, de acordo com a demanda exigida. “Os valores das passagens serão contingentes aos do mercado. Não iremos ter tarifas abusivas, até porque existe uma fiscalização reguladora sobre isso”, completou.
Com a conclusão das obras, o aeroporto poderá receber voos comerciais regulares e operações como o ATR-72, aeronave de médio porte com capacidade para 72 passageiros. Mas de acordo com Ronei Glanzmann, secretário Nacional de Aviação Civil, a nova pista tem condições de receber uma aeronave Embraer 190, com capacidade para 114 passageiros.
“A pista de Macaé está habilitada para receber este tipo de aeronave (Embraer 190), mas precisa ter algumas restrições. Quando se fala em restrições esta aeronave não poderá operar em pouso e decolagem com o seu peso máximo. Haverá algumas limitações no número de assentos, geralmente fica entre 5 a 10 por cento, e decola com os tanques de combustíveis não tão cheios. Este tipo de operação depende do mercado. Na medida que o mercado vai demandando, as companhias áreas vão ter o interesse de fazer o upgrade desta aeronaves”.
Aumento no turismo de lazer
Administrado pela Infraero, o aeroporto atende principalmente ao polo petrolífero instalado na região. Em 2018, movimentou cerca de 150 mil passageiros (voos regulares). Com a previsão da retomada dos voos comerciais, a expectativa é que o Aeroporto de Macaé atraia um público que não seja só para o turismo de negócio e sim para o de lazer. De acordo com Marco Navega, presidente da Federação de Convention & Visitors Bureau do Estado do Rio de Janeiro, este setor precisa ter um atenção especial daqui adiante.
“Nunca é tarde para recuperar o tempo perdido. Já era para termos este equipamento há mais tempo. É um aeroporto que está preparado para receber aeronaves de todo o país. Macaé tem uma das maiores operações de petróleo do mundo e isso pode ajudar o nosso trabalho no turismo de lazer. Aonde você tem o turismo de negócio o turismo de lazer vem acompanhando. A partir de agora estamos aptos para poder receber pessoas do Brasil inteiro e até mesmo do mundo. Temos um modal de hospedagem de muita qualidade que favorece muito nossos turistas”, disse.
CONCESSÃO – Na próxima sexta-feira (15), o terminal de Macaé fará parte dos aeroportos do Bloco Sudeste que serão leiloados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Para este grupo, o valor mínimo de outorga à vista será de R$ 47 milhões, sendo o total de R$ 435 milhões (outorga inicial mais arrecadação com as outorgas variáveis), com pagamentos anuais. O investimento estimado é de R$ 592 milhões para todo o bloco. Deste total, R$ 268 milhões serão direcionados apenas ao terminal de Macaé.